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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sessão Cineminha - "A Última Música"

Bom dia. São 02:44h e eu acabo de assistir ao filme "A Última Música", baseado no livro de Nicholas Sparks. Não sei nem por onde começar a escrever. Talvez se eu limpar as minhas lágrimas eu enxergue um pouco melhor e possa descobrir por onde começar.


Sinopse, pra todo mundo entender um pouco do que eu tô falando:

"Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virar de cabeça pra baixo, quando seus pais se divorciam e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor os filhos passarem as férias de verão com ele na Carolina do Norte.

O pai de Ronnie, ex-pianista, vive tranquilamente na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda, começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade - e dor - jamais sentida.

Uma história inesquecível de amor, carinho e compreensão - o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filhos, o recomeço e o perdão - A ÚLTIMA MÚSICA demonstra, como só Nicholas Sparks consegue, as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar seu coração."

O LIVRO: Em cada capítulo, Nicholas privilegia e dá o protagonismo a uma personagem, narrando um pouco de sua história, seu ponto de vista de determinada situação, seus pensamentos e suas atitudes. Cada capítulo tem o nome de uma personagem: Ronnie, Steve, Will, Marcus. A história gira em torno dessas quatro pessoas. Dessa forma, temos o panorama da história por todos os lados, Nicholas consegue dar uma atenção especial a cada lado da história, a cada personagem envolvido na trama, e nós nos sentimos cada vez mais envolvidos, e passamos a entender e compreender as partes, os motivos de cada um. Mas o mais fantástico é que ele não entrega tudo de uma vez só. As surpresas vão sendo dadas a cada página, a cada capítulo, e a gente não consegue parar de ler. Nicholas abre todas as portas no início do livro e vai fechando de forma brilhante uma a uma, entrelaçando as situações, resolvendo as questões e criando uma única história feita de pequenos e fortes acontecimentos, impossíveis de serem citados um a um. (Até porque, perderia a graça se eu contasse.)

O FILME: Confesso que me surpreendi. Apesar das pequenas mudanças feitas na adaptação da história para que coubesse num filme de 2 horas, é muito fiel à história do livro. De forma um pouco mais superficial, algumas falas e acontecimentos chegam a ser idênticos. Os atores não são tão bonitos quanto eu imaginava durante a leitura, mas são muito bons. Destaque mais que especial para a atuação do menino que faz o Jonah, irmão de Ronnie, sensacional, para o ator que faz o pai dela, que me mostrou uma característica fantástica da personagem que eu não havia percebido, que é a ironia, e para o menino que faz o Will, que não é tão lindo quanto o do livro, mas que consegue trazer uma naturalidade, espontaneidade e uma lindeza únicas para a personagem. Miley Cyrus é feia, feia demais, e Ronnie na minha cabeça é muito mais bonita e muito melhor que ela e tem mechas de cabelo azul. Mas confesso, tem uma hora em que ela chora no filme e eu chorei junto, me emocionei demais.
No mais, as locações obedecem perfeitamente a descrição de Nicholas, os figurinos, as cores, o clima... Sem falar na trilha sonora, que durante a leitura não conseguia imaginar. Deu toda a emoção durante o filme, e principalmente no final. Adorei.

Dentre tantos sentimentos e relações descobertos na leitura desse livro e vendo esse filme, pra mim o mais marcante é a relação de Ronnie com o pai e a transformação que essa relação sofre ao longo da história. Claro, me identifico muito. Ronnie chega na casa do pai e o surpreende não só com a indiferença, mas também com uma série de grosserias. Ao mesmo tempo, ela também se surpreende ao ver que o pai não revida, não briga com ela. Pelo contrário, mostra-se compreensivo, paciente, e faz todas as suas vontades. Ao descobrir o amor ao lado de Will, Ronnie acaba cedendo aos poucos, se mostra mais calma, mais descontraída, mais leve, e aos poucos vai percebendo o quanto foi injusta com seu pai, um homem tão bom. E faz o que pode para mudar sua atitude, e mostrar ao pai que ela o ama e que se arrepende do que fez. Mudança. O amor pode sim modificar as pessoas, e eu acredito muito nisso. É só no que eu acredito, na verdade. No poder do amor verdadeiro, seja ele entre pais e filho, amor de namorados, amor de irmãos, amor de amigos. Essa história trata de todas essas relações, e por isso eu gostei tanto. Serve pra tudo, é uma lição, uma verdadeira lição de vida e de amor, pra gente refletir, mudar ou apenas curtir como uma bela história de um cara sensacional que sabe direitinho como fazer pro seu coração se emocionar.
Ass: Bella Marcatti

PS: Nicholas Sparks... SEU LINDO! (Sim, eu tinha que barangar o final do post. Pra vocês não chorarem também, oras...!)

domingo, 12 de dezembro de 2010

A saga da barata

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, certo? Certo. Mas o quê exatamente esperar de um sábado à noite é coisa que a gente não pode prever.

Pra mim, a noite já tinha acabado. Eram 2 da manhã, eu já estava em casa, já havia realizado todo o longo e específico processo de retirar a maquiagem, já estava de banho tomado, dente escovado, pijama colocado. Sem sono. Resolvi ligar o computador pra dar um checada nos emails, ler os twitts que eu perdi, twittar qualquer besteira ou quem sabe encontrar um dos companheiros da madrugada no MSN.

Que calor que tá fazendo em BH esses dias, né? Arreganhei a janela e a cortina pro ar entrar. Eu disse PRO AR entrar.

Visualizem, eu sentada na minha cama com as pernas cruzadas que nem índio, o notebook em cima da cadeira em frente, e eu levemente curvada lendo as coisas, no maior silêncio e distração do mundo. De repente, do lado do computador, em cima da cadeira, aparece ela. Enorme, marrom, cascuda, com antenas do tamanho dos meus mindinhos. Poderia ser até simpática, dizendo "oi, o que você tá fazendo, posso ver?", mas eu não dei tempo pra isso.

Berrei, berrei, berrei, berrei, e saí correndo. A maçaneta da porta do meu quarto saiu na minha mão tamanha a minha delicadeza e calma em abrir a porta pra sair correndo. Correndo pelo corredor (até que enfim a palavra corredor utilizada como deve, se chama corredor é lugar pra se correr) eu não pensei duas vezes, passei pela cozinha e fui na área de serviço. Peguei uma vassoura e o incrível Baygon. Voltei pro quarto devidamente armada e preparada para a batalha.

Ótimo. A minha adversária é da cor do chão, da cor da cadeira, meu quarto é um ovo e tem duas camas e muitas bagunças, além da iluminação super fraca. Praticamente impossível achá-la.

Meu coração acelerava cada vez mais. Sentia o suor escorrendo pela minha testa e pelo meiozinho das minhas costas. Eu tremia e sentia vontade e medo de encontrá-la. Arredei as camas, tirei as caixas do chão, fechei a porta do armário (se ela entrasse lá já era. Eu nunca mais iria encontrá-la, e ela se sentiria a barata mais feliz do mundo no País das Maravilhas). Olhava pra todos os cantos e paredes e nada dela. Nada dela. Putz, já era. Nunca mais eu vou entrar no meu quarto, vou mandar cimentar a porta e fingir que esse cômodo nunca existiu, vou dormir na sala, que bosss........ Aaaaaaaaaaa olha ela ali! Ali! Ali! Ali!

Fiquei tanto tempo comemorando que ela quase sumiu de novo. Ela tava no chão, no meio do quarto e rapidamente correu pra debaixo da minha cama. Logo lá, que é o canto mais difícil de TODOS pra se caçar baratas! Eu subi na cama e fiquei olhando por cima da cabeceira, só espreitando. Enfiei o tubo de Baygon entre a parede e a cama e tsssssssssssssssss...

Tudo evolui no mundo. Uma vez ouvi dizer que as baratas são os seres mais antigos do mundo, e obviamente elas evoluíram muito de lá pra cá. Hoje em dia elas vêm com coluna vertebral e ação anti Baygon. Você esguicha o Baygon nelas e elas levantam a casquinha e dançam "la cucaracha, la cucaracha, tãnãnãnãnãnãnã" fazendo bundinha lelê.

Foi exatamente o que ela fez. Depois estalou a coluna e foi subindo pela parede, até aparecer por cima da cabeceira da minha cama. Eu tinha duas opções. Ou utilizava todos os meus dotes de "le parkour" e dava uma voadora na parede e a esmagava ou eu sujava meu chinelinho lindo branco de bolinhas pretas naquela coisa lindamente nojenta. Lindo mesmo seria se o meu berro daquele momento a matasse de susto, mas o máximo que ela fez foi ficar parada, o que me deu tempo de pegar a vassoura e tá! Tá! Tá! Tá! Morra, sua idiota, morra, morra, morraaaaaaa!!

Ela caiu no chão esperneando, fazendo o maior piti e implorando pela vida. Eu dei mais uma esguichada de Baygon pra ver se ela dançava mas ela não dava mais conta. Morreu. Rá! Eu venci! Ufa. Eu tava suando que nem uma tampa de chaleira, descabelada, vermelha e cansada. Foi uma verdadeira batalha. Mas eu venci.

Varri o corpo até a pá de lixo e a joguei no cesto, num enterro digno que ela merecia no meio das cinzas de cigarro do meu pai, papéis rasgados e outras nojentices.

Voltei pro meu quarto, o cheiro do Baygon estava insuportável. Dancei la cucaracha tãnãnãnãnãnã na web cam com o meu amigo Dani que acompanhou o processo de onde deu, tirei o colchão da cama e fui dormir na sala de estar.

4 da manhã. Agora sim, paz no meu sábado à noite.


Ass: Assassina profissional Marcatti.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Post ruim de moral interessante.

Esta é uma história de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Sara e Luisa são gêmeas e estão na transição entre a adolescência e a vida adulta.

Mas todo mundo sempre disse que Sara é muito madura em relação a Luisa, mesmo elas tendo a mesma idade.

Luisa está afim de ir em festas e shows, está enchendo a cara de bebida, está começando a pensar em levar a faculdade um pouco mais a sério, ou começando a pensar que pode ser útil procurar um emprego. Luisa não quer nem saber de compromisso, quer curtir o cara gato daquele dia e tomara que ele não ligue no dia seguinte porque eu odeio cara que pega no pé. Se bem que ele tem uma Ferrari, então ele bem que pode ligar pra eu dar mais um rolezinho com ele por aí. Luisa não consegue conversar sobre um assunto interessante por mais de dois minutos. Ela fala sobre roupas, sapatos, cabelo, maquiagem e pára por aí. Luisa tem medo de crescer, medo de ser adulta. Estacionou.

Sara trabalha desde os 13 anos. Nunca teve tempo ou dinheiro pra ir em todas as festas que queria, ou pra comprar todas as roupas que achava bonitas. Desde sempre pagou todos os seus gastos, fossem eles com lanche, transporte ou ingresso pra festas. Sara é muito articulada, conversada, inteligente. Lê o jornal todas as manhãs, entende de quase tudo o que se passa no mundo, ama as artes, é capaz de conversar sobre qualquer assunto. Só tem amigos mais velhos e nunca gostou de fazer bagunça e aprontar com turma, tamanho seu senso de responsabilidade. Formada na universidade federal, trabalha já há anos dentro de sua área de formação. Avançou.

Estão com problemas em casa. Problemas de família.
Problemas assim mexem com qualquer pessoa, não interessa como ela é.
Dizem que uma pessoa só pode estar bem de verdade se tudo estiver bem dentro de sua casa. Afinal, é pra casa que você volta no fim do dia ou depois de uma viagem, e se não estiver tudo bem lá, não é pra onde você gostaria de voltar. Então, tem alguma coisa errada.

Luisa está forte. Encara os problemas de frente, discute, argumenta, ajuda a resolver. Apóia, conversa, funciona como um verdadeiro alicerce para a família toda. Age como uma pessoa adulta, que nem sabia que poderia ser. Avançou.

Sara não. A qualquer sinal de discussão e problema, se tranca no quarto e liga o som na maior altura. Finge que não é com ela, que não é ali. Passa a maior parte do tempo falando de outras coisas, fazendo outras coisas, como se nada daquilo lhe dissesse respeito. Não consegue dormir, não consegue comer, e tudo o que faz é se irritar. Age como uma adolescente rebelde, e não está nem aí. Regrediu.

Moral idiota da história idiota e totalmente mal escrita por falta de paciência e concentração: não adianta ser sensacional em tudo se você não tem estrutura emocional.




Ass: Sara Marcatti.