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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um dia de mulherzinha. Ou quase.

Acordei depois de 5 sonecas no despertador, lavei o rosto com o gel de limpeza Avon Solutions Dia. Tomei iogurte com Sucrilhos. Fui pro salão. Fiz as unhas, francesinhas. Lindas. Falei no telefone com minha amiga segurando o telefone com a palma da mão e os dedos abertos pra não estragar o esmalte. Voltei pra casa. Conferi os emails e fiz algumas ligações de trabalho. (Rá, mulher de negócios é outra história...). Almocei. Recebi algumas ligações de trabalho. (Dig din.) Tomei banho demoradinho com meu Shampoo Dove, Condicionador Dove, Sabonete Dove com um quarto de creme hidratante. Peguei uma roupa pra vestir, mas vesti outra. Calça jeans, camiseta preta e sapatinho de bolinha. Protetor solar facial. Cold Cream La Roche Posay nas pálpebras ressecadas pela alergia a maquiagem. Maquiagem Avon. (Isso explica a alergia?) Corretivo (claro), pó (porcelana), rímel, blush (rosa claro) e gloss (rosa sereno). Rua. No MP4, The Calling. 15 minutos de caminhada até o ponto de ônibus. (Rá, acabo de assinar meu atestado de pobreza...) e me escondi do sol atrás de um poste. O ônibus demora, e quando ele vem eu dou uma andadinha até ele e, ai! O sapato de bolinha me fez uma super bolha no calcanhar, e já tinha estourado, e já tava ardendo e sangrando (sério. Isso não foi drama de mulherzinha.). Ao descer do ônibus, manco como uma pata choca atrasada até o local do compromisso. Pós compromisso já não corro, mas ainda manco. Ando devagar (porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais...), tão devagar que consigo ver brilhar logo mais à frente uma enorme loja da Cacau Show. Entro e sem pensar pego uma trufa de cada sabor. No balcão, confesso: "Isso se chama TPM", e as duas vendedoras se derretem de dar risada e também confessam que nos dias de TPM, roubam chocolatinhos da loja "porque aí é tentação demais né!? Aí menina, eu como aquele chocolate e parece que o mundo fica doce, o azedo fica doce, os problemas acabam e fica tudo ótimo, num é?" É. É sim. E é exatamente assim que o mundo fica quando eu como uma trufa de licor de amarula. Antes de sair da loja, pergunto onde tem uma farmácia. "Volta aqui, vira a esquerda, tem um restaurante, aí do lado do restaurante, tem uma ruazinha, aí lá tem uma farm...", porra eu só queria um bandaid, e eu não vou aguentar andar até lá. A moça me dá uns pedaços de fita crepe e eu fico tão feliz e satisfeita que sou capaz de sair pulando da loja. Mas não faço isso porque não sou tão ridícula assim. Quase. Ando mais um pedacinho e namoro uma vitrine. Namoro um vestido, uma saia, ah quer saber, vou entrar. Experimento o vestido, um outro, um outro, a saia, um sapato, outro vestido. E fico só com o último vestido. O que a vendedora indicou desde o início e eu disse que não tinha gostado. Foi o que ficou melhor. Vou levar. Quase uma hora depois, mas levo. "Vai pagar no cartão?" É. "Quer que divide?" Não. "É crédito né?" Não. (Rááááááááá, eu só tenho cara de pobre, minha querida! Eu sou RYCAAAAH!) "Volta mais, de 15 em 15 dias nós temos novidades." Volto sim, pra te dar mais comissão. Querida. Vou para o ponto de ônibus (alegria de pobre dura pouco mesmo), espero 20 minutos, quase entro no ônibus errado, espero mais 5, entro no ônibus certo mas tão tão lotado que o motorista fecha a porta comigo no meio do degrau. Valeu! Aí ele fala, puto: "Tem dois ônibus desses vindo atrás!" Eu: "Ahhh, desculpa, eu esqueci em casa a minha bola de cristal." FALO MERMO. Vai chegando a minha hora de descer e eu continuo esmagada na porta. Dá licença aqui, ali, ei, moça, trocadora!! Dinheiro. Troco. Pergunto se tem como ela rodar a roleta pra mim, ela diz que não, que eu tenho que passar. Mas não tem jeito! Tem que passar. O ônibus para, todo mundo é obrigado a se esmagar e dar licença pra miss Brasil aqui passar. Eu já estou prestes a descer do ônibus e solto um simpático e cínico MUITO OBRIGADA, QUERIDA, pra trocadora. Coloco o pé no chão e solto um nada simpático e verdadeiro FILHA DUMA PUTA. Não acaba a jornada, estou no ponto do outro ônibus. (São dois pra voltar!) 30 minutos mais ou menos e lá vem ele. Lotado. Oba, que alegria. Só que esse motorista ao menos é simpático, eu cumprimentei e ele perguntou como eu estava. Eu disse, melhor agora que você chegou e ele deu uma risada. Quando cheguei no trocador... AHHHH!! Era o Ronaldo, gente boa pacarai. Perguntou dos teatro, como que tá a vida, trocamos algumas ideias. Aí ele cochicha pra mim que a dona atrás de mim vai descer no próximo ponto, que é pra eu ficar de olho pra sentar no lugar dela. Hahaha, não deu outra, a véia saiu e eu tchuck! Sentei na hora! Amo o Ronaldo, gente boa pacarai. Desço do ônibus e a fita crepe descola do meu calcanhar. Faço uma gambiarra pra ela aguentar só mais um tiquinho e chego em casa. Fico a noite toda decorando texto chatérrimo pra um teste que tenho amanhã. E não decorei. Agora vou tomar outro banho Dove e... capotar nos braços de Morfeu. Quem? Ah, deixa pra lá.

Ass: Bella Marcatti

Promessinha besta

Já são quase 2h da manhã e eu estou com apenas 4 horas de sono de anteontem pra ontem. Fiz trocentas coisas, de 7h às 00h, sem parar, sem parar, sem parar. Estou cansada, estou sim. Meu corpo tá pedindo pra deitar e minhas pálpebras são dois sacos de areia.
Mas quer saber? Eu já sabia disso, mas hoje posso falar como quem fala por experiência própria.

DEUS AJUDA A QUEM CEDO MADRUGA.

Só porque optei por me mexer hoje, meu dia foi sensacional e cheio de surpresas agradáveis, momentos legais e divertidos. Porque eu optei.

Por isso eu me coloco o desafio aqui no blog, para todos o que me leem e acompanham, me ajudarem. Acabou essa parada de acordar tarde todos os dias. Um sábado, um domingo, ainda vai. Mas dia de semana, chega dessa joça. É difícil, é chato e eu não gosto, mas vou tentar acordar pelo menos um pouco mais cedo pra fazer o meu dia render mais. Dormir mais cedo é tarefa árdua também e fica um pouco em segunda instância tendo em vista meu cotidiano profissional e virtual, maaaasssss eu prometo tentar, pelo menos em alguns dias da semana, dormir mais cedo.

E está declarado para mim mesma essa minha vontade de ser uma pessoa melhor na vida. Obrigada e amém.

Ass: Bella Marcatti

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O chato



Não existe definição exata, mas todo mundo sabe quem O CHATO é. Aquele que faz as piadinhas mais sem graça, que faz comentários incovenientes em momentos inoportunos, que gosta de aparecer, que bebe demais, que se acha o legalzão da turma. Existem outros tipos de chatos também, mas hoje eu gostaria de focar nesse tipo. Porque hoje, meus caros amigos leitores, hoje eu tive real vontade de assassinar um chato.


Hoje não foi um dia muito inspirador, sabe. Acordei 15h e quando isso acontece, é como se um trator tivesse passado por cima de mim e não satisfeito com meu estado, o motorista resolve dar ré. Dor de cabeça, as pálpebras pesadas, o corpo se arrastando pela casa. Um zumbi ou algo bem parecido, era eu. Mas hoje foi dia de trabalhar. Terça feira é dia de ser mestre de cerimônias no Bhar Savassi, como Mirabella. Mirabella, minha palhaça. Eu.


Rezo. Rezo para que a plateia seja boa, que me ajude a tirar energia do rim pra realizar um bom espetáculo.


E hoje, logo hoje, Brasil, logo hoje eis que me senta na primeira cadeira, embaixo do palco, ele. O CHATO. Ele poderia ser chato na mesa dele, com os amigos dele, na casa dele, no trabalho dele, com as nega dele, ele poderia ser chato no banheiro, ele poderia ser chato onde ele quisesse! Mas no meu show, aaaaaaaaahhh, no meu show ele não poderia jamais ter sido chato. Que tipo de pessoa consegue ser tão inconveniente, mas tãão inconveniente, a ponto de não perceber que ali na frente dela há uma apresentação acontecendo, há uma personagem fazendo graça para mais de 100 pessoas, e que essa personagem necessita silêncio e concentração para realizar de maneira eficaz o seu trabalho? Que tipo de pessoa consegue ser tão egoísta e tão egocêntrica, a ponto de achar que o show é exclusivamente para ela e que ela e somente ela pode interromper a qualquer momento em que achar interessante, soltando seus comentários extremamente imbecis e sem o mínimo de noção? Que tipo de pessoa vai a um espetáculo com o intuito de aparecer mais que o ator?


(MEU FILHO... MORRE, PELO AMOR DE DEUS!!!)


Eu fiz de tudo o que podia. Respondi, brinquei, ignorei, fingi que não era comigo, dei atenção, dei a palavra, até que no final, apelei: "Ô, querido, eu posso falar?"


Incrível como uma maçã podre consegue estragar todas as outras da mesma caixa. Mesmo que o restante do público tenha gostado e se divertido com o show, pra mim a noite foi uma bosta simplesmente por causa desse cara que me tirou do sério!


Fim da noite, eu já vestida de mim mesma, conversando com o pessoal. Me vem O CHATO pedindo pra tirar foto. Mas de nariz. Mas eu já tirei o nariz. Ah, por favor, coloca o nariz só pra sair na foto, vai. Inspira 1, 2, 3, segura, 3, 2, e solta em pssssssssssssssss... (Tá, seufilhodaputa, eu coloco a porra do nariz e você faz o favor de enfiar essa foto no centro do seu orifício anal, pode ser?) Tiro a foto. Sorrindo na interpretação deles, rosnando na minha. Ok, gente, obrigada pela presença, até a próxima... Estendo a mão. O CHATO segura. E segura. E não larga. Deus sabe porque eu não ando com um revólver na mochila. Se eu andasse, teria assassinado esse corno hoje com toda a minha certeza.


Mas cês pensam que acabou? Rá. Segura essa:


Depois de me livrar, volto para o meu pessoal. Cinco minutinhos e tuc tuc no meu ombro. Me viro. Dou um doce pra quem adivinhar quem era. O CHATOOOOO!!!! Oba, que alegria. Eu me senti como o Quico do Chaves virando e falando "Quiéééééééé????"

"Você pode me emprestar o seu nariz de palhaço pra eu tirar uma foto?"





(ELE SE SUPERA, BRASIL. ELE PODE SER PIOR DO QUE JÁ FOI A NOITE ABSOLUTAMENTE TODA, ELE CONSEGUE. PALMAS, PALMAS PRA ELE!!!)


"Coméquié? O meu nariz? Meu nariz de palhaço? Esse sagradinho aqui que eu tenho há 5 anos e NINGUÉM NUNCA NEM PÔS A MÃO!? Você quer enfiar seu nariz todo sujo de meleca no MEU NARIZ de palhaço pra tirar uma porra de uma foto?? Isso aqui é sagraaaaaaaaaado meu filho, isso aqui é minha vida, isso aqui é minha religião, cê tá entendendo!? Nem que você fosse legal eu emprestaria, ainda mais você, que arruinou a minha vida, seu desgraçado! Vai caçar nariz de palhaço na puta que te pariu!"


Claro que eu não falei assim. Mas esse post está sendo feito justamente pra exteriorizar todo esse sentimento de ódio e rancor que estava guardado aqui no meu coraçãozinho. Na verdade foi assim:

"Desculpa, mas não dá mesmo. É material de trabalho, eu já guardei, não dá mesmo, desculpa tá bom? Não posso, tem um valor sentimental muito grande, eu tenho esse nariz há 5 anos, nunca emprestei pra ninguém. Não, desculpa, não posso. Não, não... Desculpa tá, não posso mesmo..." E nessa daí vocês calculam o quanto O CHATO insistiu. E como se não bastasse, fez biquinho, literalmente, como que fazendo gracinha (ai, por que eu não tinha uma tesoura na mão pra cortar o beiço dele fora, Jesus) e saiu achando ruim. Guardaram isso? SAIU ACHANDO RUIM!

Aí pra sair falando que a atriz é chata, estrelinha, metida, nojentinha, não custa... né? Cês só sabem das pingas que eu tomo, mas não sabem dos tombos que eu levo...




Te contar, viu...


Ass: Bella Marcatti (de TPM)


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Post encomendado

"Tempo: Um feriado qualquer de um ano qualquer.
Espaço: Uma noite qualquer numa cidade qualquer. De praia.
Situação: Um grupo de pessoas qualquer espera do lado de fora do teatro um grupo de artistas (que não pode ser qualquer) que acaba de se apresentar.

APRESENTAR - No dicionário, alguma das definições
1) Expor
2) Mostrar, oferecer à vista
3) Exibir
4) Pôr na presença de

Essa é uma história de muitas apresentações.

Ele havia se apresentado para ela, mesmo que sem saber. De cima do palco, as luzes ofuscam um pouco a visão, e a plateia nada mais é do que um mar à noite. Breu. De onde ela estava sentada, na lateral, ela via somente o perfil dele e ouvia as bobagens que ele falava. Se divertia.

Fim do espetáculo, descendo os degraus da porta do teatro, ele foi apresentado ao sorriso dela. Um infinito de milésimo de segundo, tão rápido que ninguém percebeu sua pausa no meio de tanto movimento, mas para ele, tão lento, que sua mente teve tempo o suficiente para fotografá-lo na memória.

Eles não foram devidamente apresentados, com aperto de mãos e beijinhos nas laterais do rosto(na cidade dele, normalmente dois, na dela, apenas um), o que foi ótimo por não causar desconforto a nenhuma das partes, já que ele poderia parecer atirado demais e ela tímida demais. E nenhuma das duas coisas era verdade.

Tempo: Algumas horas depois.
Espaço: Uma pizzaria qualquer.
Situação: Conversa qualquer.

"Senta! Eu não gosto de conversar sentada com uma pessoa que está em pé! Me dá nervoso!"
Ele se senta em frente a ela por dois minutos. Faz o máximo para ser agradável e gentil, e ela percebe isso.
Ela não é apresentada ao prazer de estar em sua companhia, pois uma suposta namorada bate o pé bem irritada e diz que vai embora. E ele vai junto.

Ela, incomodada.

(...)

Tempo: Na semana seguinte.
Espaço: Ela na cidade dela. Sem praia. Ele na dele. Com praia.
Situação: Comunicação via internet.

Foram apresentados. Ainda bem que pela internet não existem essas coisas de dois ou um beijinho. Ele não parece atirado demais e ela não parece tímida demais, e eles se dão bem. Conversam sobre trabalho, e a propósito, a moça daquele dia não era namorada dele.

(...)

Tempo: Nas semanas seguintes.
Espaço: Ela na cidade dela. Sem praia. Ele na dele. Com praia.
Situação: Muitas horas de comunicação via internet, sms e telefone.

Eles se parecem em quase tudo. Se divertem juntos, dividem e compartilham o cotidiano, o que acontece de bom e de mau.
Todos os dias.
Eles já gostam assim sem nem perceber. Naturalmente, como se tivesse que ser assim e pronto. Não foi combinado, não é regrado, não tem jogo e nem explicação. É.

(...)

Tempo: Breve. O que não chega nunca.
Espaço: Na cidade dela. Sem praia.
Situação: Um novo encontro.

Finalmente, eles serão apresentados. Na cidade dela, um beijinho. Pelas contas dele, :***************************************************************************..."


Atendendo a pedidos, essa é só mais uma história de "quando a vida tá meio parada e aí ela nos apresenta pessoas legais. (digdin)"

Ass: Bella Marcatti