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sábado, 23 de abril de 2011

Feriado...

É feriado e as pessoas se divertem nos feriados. Elas viajam, encontram com as pessoas que gostam e não podem encontrar na correria dos dias úteis, se sentem felizes ao poderem abrir uma cerveja numa quinta feira à tarde, conseguem realmente esquecer dos problemas e das dificuldades da rotina e realmente descansam, se permitindo passar uma tarde toda de pernas pro ar. As pessoas são assim.

Não lembro qual foi o último feriado que fiz isso. Quando chegam os dias inúteis eu me comporto como uma perfeita inútil, me permitindo ficar em casa de pijama deitada olhando pro tempo, pro computador ou pra televisão. Eu tenho feito isso, exatamente isso, em todos os meus dias inúteis, com a desculpa de estar cansada, trabalhando demais, querendo ficar quieta no meu canto. E nesse feriado não foi nada diferente. Todos viajaram, inventaram suas maneiras de aproveitar os dias de folga, e eu acabei ficando em casa sozinha.

Confesso: dessa vez eu não estava tão cansada. Aí parei pra me perguntar porque então eu resolvi ficar em casa dessa vez... e eu não consegui me responder. Talvez seja pra me poupar pela quantidade de trabalho que virá na próxima semana. Talvez seja pra tentar organizar as minhas ideias a respeito do meu trabalho, ideias essas que estão fervilhando todo o tempo, 24h por dia. Talvez seja porque eu não tive convite pra nada. Talvez seja pra me isolar (mais um pouco) desse mundo que a cada dia me deixa mais deslocada.

Reflexão vazia e sem muito sentido, ou completamente cheia de sentido, mas ainda assim vazia: Será que o mundo me deixa deslocada ou sou eu que estou me deslocando do mundo!?

O meu apartamento dessa vez está muito pequeno, as músicas altas não têm tanta graça e os programas da TV só me prendem por alguns instantes. Não tô com paciência pra internet e os assuntos (ou os não assuntos) das pessoas. Não achei legal comer miojo e chocolate o dia todo e estou com medo de dormir aqui sozinha numa casa gigantesca como a minha fica de madrugada. Tomo banho de porta fechada e trancada, deixando a luz do corredor acesa, e durmo com a porta do quarto fechada para ninguém entrar, mesmo sabendo que tem gente me olhando o tempo todo.

Eu só queria que o feriado acabasse logo. Tá chato.

Hoje já é segunda feira?

E agora?
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E agora?







Ass: Bella Marcatti.




segunda-feira, 11 de abril de 2011

Apenas mais uma aventura do fim de semana...

Esse fim de semana fui me apresentar com a peça 10 MANEIRAS INCRÍVEIS DE DESTRUIR O SEU CASAMENTO em Carlos Chagas. Calma, eu explico.

10 MANEIRAS... é uma peça que é sucesso em BH há 6 anos, com texto e direção de Sérgio Abritta. No elenco (depois de muitas e muitas trocas) Ana Clara Campos, Christiano Junqueira, Ítalo Laureano e Talita Braga. No elenco atualizado (depois desse final de semana) Ana Clara Campos, Christiano Junqueira, Ítalo Laureano e eu, Bella Marcatti.

(A foto é com a Talita Braga, mas em breve será comigo!!)

Carlos Chagas, pra quem não conhece, é uma cidade que fica no norte de Minas, quase na divisa com Bahia, perto de Nanuque. Longe. Longe pra dedéu. De van, são aproximadamente 10 horas de viagem. Saímos de BH às 6h e chegamos lá às 16h. Numa van. Numa sacolejante van que oferecia 2 bancos para cada pessoa. 2 bancos não reclináveis. 2 bancos pequenos e extremamente desconfortáveis. Depois de passar 10 horas buscando me acomodar naquela situação e ainda, tentando dar ao menos uma cochilada de no mínimo 10 minutos sem bater a cabeça ou ter que me segurar pra não cair nas curvas, eu garanto: Posso fazer um número de contorcionismo no Cirque du Soleil. Ou posso fazer um tratamento seríssimo de coluna com um fisioterapeuta. Enfim, deu tudo certo. Chegamos bem, o hotel era bonitinho, eu tomei um banho e apesar da ansiedade que só aumentava a cada segundo, o cansaço ganhou e eu consegui apagar por uma hora mais ou menos, antes de ir pro teatro.


Foi a minha estreia nesse espetáculo, e eu tava super super super nervosa. A peça não é fácil, tem muitos personagens, muitas falas, muitas marcas, muitas trocas de roupa, e eu tive poucos ensaios, sendo que nenhum deles foi com todos os atores juntos... Eu nem tinha experimentado os figurinos e nem sabia que hora vestir o quê. Ou seja, eu tava lascada de verdade.

O espaço estava lotado. Nem sei quantas pessoas tinham ali. Muita gente sentada e muita gente em pé nas laterais e no fundo. Em cidade pequena, quando tem alguma coisa diferente, todo mundo vai. Acho que a cidade toda tava lá vendo a gente. E o palco, pequeniníssimo, quase não cabia o cenário e os atores em cena. Os refletores iluminavam só da metade pra trás, o que nos limitou ainda mais. Não tinha coxia, apenas um pano preto no fundo que a gente usava pra sair e entrar. Era isso.

Oração, abraços de boas vindas dos amigos e companheiros de cena. Fui. Tremia toda por dentro, sabe aquele tremedeira incontrolável? Achei que a voz não ia sair, que eu ia ter brancos, ia tropeçar, cair, quebrar todos os dentes e acabar com tudo. A primeira fala saiu como um espirro: "EU TENHO!" E emendei com o resto todo sem ficar pensando demais. Na minha segunda cena, eu tirei aplauso da plateia e consegui ouvir os outros atores vibrando e aplaudindo junto lá atrás. Isso me encheu ainda mais de energia. Fui dando o máximo de mim até o fim. Erro de fala e marca, nenhum. Desespero pra trocar as roupas, total. Ainda mais quando o fecho do vestido agarrou e não tinha Cristo que fazia soltar. A minha voz foi acabando ao longo da peça, afinal eu ainda tô gripada e a gente tinha que gritar muito pois a acústica não era boa. Isso foi o ponto negativo, no final eu tava esguelando muito e a minha voz estava insuportável (mais). Mas ok. Tão ok que os engraçadinhos "companheiros" ainda tiveram a cara de pau de zuar de uma boina que eu coloquei e que ficou muito maior que a minha cabeça. Me chamaram de cogumelo, playmobil, e a estreante aqui teve que se virar com tudo. Tudo certo e o Chris dedicou a peça à atriz estreante no final. Felicidade, sensação de trabalho cumprido e alívio, muito alívio.

Jantamos e eu dormi que nem um anjo. Levantamos às 5:30h e entramos na mesma van pra voltar pra casa. Tentei recuperar as posições confortáveis do dia anterior, mas o corpo já dava sinais de dor muscular, enferrujamento das articulações e falta de paciência. E curva pra lá, pra cá, e freia... Tô ficando meio enjoada. Tô ficando enjoada. Tô enjoada. Tô enjoadássa. Acho que eu vou vomitar, para a van, seu João! E só depois de botar o café da manhã pra fora eu pude brincar de joguinhos de improvisação com o pessoal. "Eu deveria???"


Cheguei em casa às 16h do domingo. Almocei, tomei um banho gostoso e deitei no melhor lugar do mundo, que costumo chamar de "minha cama", agradecendo pelo fim de semana que foi inesquecível.


Ass: Bella Marcatti.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Destino


Combinação de circunstâncias ou acontecimentos que influem de um modo inelutável. Fado, fortuna, sina, sorte. Situação resultante dessa combinação.


Eu já acreditava em destino, somado à minha intuição feminina, somada à minha intuição de Bella que tende a ser ainda mais forte e não falhar (quase) nunca. Eu poderia ficar horas e horas aqui citando exemplos sensacionais de que o destino atua fortemente em minha vida desde sempre, mas eu não tenho que provar nada pra ninguém. Eu sempre acreditei e pronto.


Mas agora eu acredito ainda mais. Só falta o destino se esfregar na minha cara e fazer bunda lelê. Só pode estar de brincadeira comigo. Brincadeira de bom gosto, no caso.

Adicionar imagem Vi e falei: Será. E tá sendo. E eu continuo sentindo que é. E será. Será?