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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A PEsCADORA (Versão ai meu coração)

Cenas do capítulo anterior: Pouco importa. O que passou, passou. Esqueça. Ou não.

Cenas do capítulo de hoje: Um balde de lágrimas. Você, telespectadora sentimental, de TPM, irritada com a vida, com o namorado, não assista ao capítulo de hoje se não quiser se debulhar em lágrimas também. Nada de tão ruim. Mas o seu coração vai ficar apertado como o de Bella Marcatti está agora.

O celular de Bella estava programado para despertar às 9:00h. Como sempre, a claridade do dia invade o quarto de uma maneira nada agradável, dando destaque para o calor que anda nos torrando já há algum tempo, o que está fazendo a Bella conseguir dormir completamente descoberta, o que é muito raro. Aliás, a Bella conseguir dormir já é algo bem complicado. A tal mania de trocar a noite pelo dia. Mas sim, os sonhos continuam acontecendo, tanto no menor cochilo, como no sono mais profundo. Bella não pára nunca de sonhar. Às 8:40h Bella acorda num susto e começa a chorar. Acabara de sonhar com a vovó. Vovó estava tão linda, tão cheirosa, tão "palpável". Abraçaram-se o sonho inteiro, beijaram-se tanto, riram muito e falaram besteira. Vovó está comendo peixe no céu. Lá ela pode comer o que quiser (deve estar entrando nos doces, não é, vó?). Vovó continua tão fofa, e com a velha mania de bater o pé no chão fazendo um barulhinho com o chinelo. "Vó, tudo em você faz tanta falta, até esse barulhinho do chinelo no chão..." A vovó pediu pra Bella usar uma pulseirinha, e no último abraço a vovó se "desmaterializou". Foi um encontro tão real, tinha pele, tinha toque, tinha cheiro e muita emoção. Chorou, chorou, chorou. Levantou da cama agradecendo a vovó por ter feito essa visita tão inesperada e tão maravilhosa. Foi fazer xixi. Não conseguiu fazer xixi, ficou 5 minutos sentada na privada, olhando-se no espelho. As lágrimas desciam sem força, Bella ficou em estado de choque. Tentou se segurar para não acordar a mãe, mas não aguentou nem um minuto. "Mãe, mãe... Eu sonhei com a vovó! Ai que saudade dela, mãe..." E ficou fazendo força pra lembrar de tudo. Lembrar de tudo sempre pra não perder nunca aquela sensação gostosa de sentir de novo a pele da vovó.


Foi pra sua antiga escola, no quarteirão ao lado de sua casa. Aquele lugar tão grande, tão especial e cheio, cheio de gente querida e que a quer bem. Bella se lembra a cada vez que entra naquela escola que sempre que precisar, independente do que seja, ali ela tem uma casa, uma família e muita gente disposta a fazer de tudo pra ajudar, pra apoiar, pra tudo! Ali Bella se descobriu, foi feliz e viveu muita coisa.

À tarde, Bella foi pra Contagem, pra dar aula pros seus 4 alunos. Nossa, mas só 4 alunos? Sim, só 4. Amores, queridos, queridos. Bella não sabe explicar o que sente por essas 4 crianças. É um carinho além do comum, e muito entristece acabar o ano e saber que não vai mais dar aula pra elas. Sim, muitas vezes foi dar aula com preguiça, muitas vezes reclamou da distância, reclamou da falta de estrutura e de organização da escola. Muitas vezes. E tantas mesmas vezes Bella voltou de Contagem se sentindo a tia mais querida, mais realizada, a verdadeira professorinha de teatro. Quantas vezes Bella se emocionou vendo que seus pequenos sabiam fazer os exercícios, às vezes até melhor do que imaginava. Quantas vezes teve vontade de enforcar o Matheus que não calava a boca, a Isabelinha que fingia que não escutava, a Gabriela lerdíssima e a Bruna, que mesmo não fazendo nada errado, tinha lá seus momentos... E amanhã é o último dia. Amanhã eles se apresentam, o espetáculo de palhaço que tá tão tão tão lindo e demoraram o semestre inteiro pra ensaiar. E hoje, no ensaio geral, o que mais pagou Bella por todo o trabalho e esforço de um ano inteiro, foi ouvir o Matheus, segundos antes de entrar em cena, na frente de todos os coleguinhas: "Nossa, tia, tô com um frio na barriga!" "É, Matheus... Ser ator é isso! Ter frio na barriga..." E a tia bobona ficou o tempo todo do ensaio segurando o choro. Amanhã ela não vai segurar. Aposto como não vai. Saindo da escola, Bella correu pra pegar o ônibus. Todas as crianças gritaram: "Tchau, tiaaaa!!!" E o motorista: "Puxa, quantos sobrinhos, hein, tia?" É... e que orgulho de ser uma tia assim tão querida...


E muito, muito calor. O protetor solar no rosto de Bella derretia com tanto suor, melava os óculos escuros, a franja... A roupa grudada nas costas, no meio das pernas, o mundo tá mesmo acabando. Bella desceu do ônibus, passou no banco, passou na Araújo, foi pra casa, foi no supermercado, na papelaria, ai que calor, que calor, que calor.


Um encontro (in) (muito) esperado quase no finzinho da noite, (muito) rapidinho, (muito) (não tão) bom quanto ela (muito) (in) esperava. Conversas (muito) sérias sobre (um único) assuntos (muito) delicados. Aí a Bella volta pra casa, muito (in) feliz e pelo menos consegue ver o seu amor no finalzinho da novela, porém não no papel que ela prefere. Ele tava de Jorge no final da novela, ela gosta mais é do Miguel. No final das contas ela sabe que ama o Mateus infinitamente e nada muda isso, mas aquele cabelinho atrapalhado (o mesmo de quando ele acorda) não há igual.

Não quis comer, não quis trocar de roupa, não quis lavar os pés. Quis ouvir "The Fray" o mais alto que seus tímpanos puderam aguentar dentro dos fones que o amigo deu de aniversário. E chorar mais um tiquinho, já que o dia todo foi meio assim esquisito e ela teve que segurar.

"Hoje choveu só em mim."

Ass: Sara Maionese.

PS: A vantagem de chuva com sol é que tem um arco íris no final.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Carta do telespectador

"Querida amiga,

escrevo para saber do tempo. Ontem aqui fez 43 absurdos graus. Ainda bem que só soube disso hoje, caso contrário, acho que teria morrido de susto ou de calor mesmo. Não tenho ar condicionado. Quando estou em casa, mergulho os pés em uma bacia com água e gelo e fico esperando impacientemente pela chegada do inverno. O infalível serviço de meteorologia disse que terei 66 longos dias de sol pela frente. Há 33 tento conviver com a placidez que dias quentes me trazem. Meu caos interno se recusa a admitir estações tão enfadonhamente definidas regendo esse meu humor descontrolado. De vez em quando tenho ataques de ira. No último, quebrei a janela da cozinha com um grito. Aceitar os efeitos do clima sobre mim é quase abdicar do direito à loucura, que você sabe, sempre considerei sagrado. Para me esfriar, além do gelo, ouço Winter Wonderland. É o que vou fazer agora, além de continuar esperando pelo inverno."


Ass: Sara Maionese.

Sara Maionese - O RETORNO

Ssssssssssssssssssssssssshhhhhhhhhhhhh (chiando), alô! Alô, testando! Som, som, hey, hey! Um dois, um dois... Opa! Funciona!!! O blog ainda funciona!!! Depois de tantos meses sem aparecer por aqui, ainda temos rede, temos sinal, e, acreditem se quiserem, ainda temos telespectadores ansiooooosos por nossa volta. Fã que é fã é fã né?

Sara Maionese volta na sua fase um pouco mais madura, um tanto mais confusa e indecisa, um monte mais ocupada, um bocado realizada e por isso mesmo bastante invejada. Mas não muda nada. Sara Maionese continua a mesma. Na sua essência, ela é sempre a mesma. Podem rir ou chorar. Ela voltou.
Foto: Leonardo Guimarães

E se a fase permitir, por longo e tenebroso tempo.


Calma, calma, eu já digo o que Sara anda aprontando por aí. No momento, está trabalhando no espetáculo "O MARIDO DA MINHA MULHER" e teve a burrice de não divulgar isso antes aqui na emissora. Agora só falta mais um fim de semana, então se você ainda não viu, não perca a oportunidade! Ainda dá tempo!



Quanto ao amor, todos sabemos que Sara não gosta muito de ficar comentando, afinal o que mais há é gente querendo que ela se estrepe, não só na profissão, mas também no setor afetivo. Portanto, basta saber que o novo amor de Sara chama-se Mateus Solano e por favor não façam mais perguntas.


Quanto à saúde, Sara está se recuperando. Depois de uma séria crise de cólica renal, que resultou em uma cirurgia e outras complicações, Sara engordou um bocado. Está tentando manter uma alimentação um pouco mais saudável, tentando beber mais água. Abandonou a acupuntura e nunca mais voltou no Dr. Urologista. Resultado: Dores de cabeça todos os dias. Cuidar da saúde não é o forte da Sara, mas ela sabe que precisa se cuidar porque sempre fica doente, ô coisa impressionante.

No mais, é hora de matarem as saudades. Ela está de volta. E pra sempre. Se a vida quiser.


Foto: Leonardo Guimarães


Ass:
A própria.