Curte aí...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MEU NOVO ESPETÁCULO!!



O espetáculo

O teatro se transforma em uma casa de baile, onde, ao som do bolero, os atores improvisam histórias inéditas, construídas a partir de estímulos do público. A vitalidade da improvisação teatral apropria-se do universo da dança a dois para oferecer ao público a experiência do encontro com o inesperado.

Serviço:

De 22 a 27 de outubro, às 20h (de sexta a quarta)

Duração: 60 minutos

Teatro: Caixa Clara - Rua Geraldo Teixeira da Costa 141, Floresta

Classificação: 14 anos

Valores dos ingressos na bilheteria: R$ 12,00 (inteira) / R$ 6,00

Informações: 31 8794-6283

Ficha Artística

Elenco: Bella Marcatti, Débora Vieira, Fabiano Lana, Guilherme Théo, Mariana Vasconcelos, Mateus Bianchim, Rafael Protzner e Vivian Bernardes.

Direção: Débora Vieira

Autor: Criação Coletiva

Aulas de bolero: Bruno Ferraz e Santos, Lúcio Paiva Jr. e José Ricardo Junior

Coreografia: Lúcio Paiva Jr.

Treinamento de Impro: Mariana Vasconcelos e Mateus Bianchim

Preparação corporal: Débora Vieira

Trilha Sonora: Pedro de Filippis

Iluminação: Milena Pitombo e Sidnei Honório

Cenografia: Vivian Bernardes

Figurino: Fernanda Bravin

Arte gráfica: Fernando Noronha

Fotografia: DuSantos

Assessoria de Imprensa: Adilson Marcelino (Cia Clara)

Realização: Cia Clara de Teatro e UMA Companhia

Produção: Caixa Clara e Débora Vieira


A direção
Integrante e fundadora da UMA Companhia, Débora Vieira é atriz formada pelo CEFAR (Fundação Clóvis Salgado) e atualmente realiza estudos de mestrado no Poslit UFMG, numa pesquisa sobre a dramaturgia da improvisação. Junto à UMA Companhia, atua no espetáculo Match de Improvisação (2006), sob direção de Mariana Muniz. Integra também o elenco da peça Cortiços (2008), dirigida pelo coreógrafo Tuca Pinheiro e produzida pela Cia de Teatro Luna Lunera. Trabalhou como co-dramaturga do espetáculo A Fabulosa Redonda Flor (2009), dirigida por Bruno Godinho junto à Cia de Yepocá. Em 2009, residindo na cidade de Santiago do Chile, realizou uma residência artística junto ao Colectivo Teatral Mamut e estudos de especialização em Dança-Teatro (Instituto de Enseñanza Teatral La Olla) e Pedagogia Teatral (Universidad de Chile). Ainda em 2009 participou do festival Mujeres Creadoras, realizado pelo grupo Yuyachkani, na cidade de Lima, Peru. Em 2010, dirigiu Fábrica de Cimento (concepção de Clécio Luiz), cena finalista do projeto Cena-Espetáculo do Galpão Cine Horto. Já ministrou aulas de Consciência Corporal e de Yoga na Geraes Cultural (BH) e de investigação teatral no projeto no IN CENA – Curso livre de Teatro da Cia. de Teatro Luna Lunera –, além de oficinas e cursos de improvisação junto à UMA Companhia. Integrou oficinas com Shawn Kinley (Canadá), Impromadrid (Espanha), Complot Escena (México), Natália Tencer (Argentina), Cristina Castrillo (Suíça), Graziela Rodrigues (SP), Lia Rodrigues (RJ), Morena Nascimento (BH) e Movasse (BH), entre outros.

O grupo

A Uma Companhia é constituída por atores formados nos cursos de Teatro do Palácio das Artes – Cefar, da Fundação Clóvis Salgado, e da UFMG.

O espetáculo de estreia, Match de improvisação, é sucesso de público em Belo Horizonte, desde 2006, com a inusitada mistura entre teatro e esporte que transforma os atores em jogadores, e a plateia em torcida. O segundo trabalho, Sobre nós, é criado a partir de histórias pessoais contadas por integrantes da plateia, a cada noite. Para empresas e escolas, o grupo trabalha com o espetáculo Imprótese alguma, focado em jogos de impro. Desde o primeiro semester de 2010, o grupo tem também se dedicado a oferecer cursos e oficinas de improvisações, através da UMA Escola de Impro.

A companhia já realizou grandes eventos internacionais de improvisação em Belo Horizonte, com espetáculos, oficinas e debates. Em 2007, organizou o Encontro de Impro, trazendo o grupo espanhol Impromadrid ao Brasil. Em 2008, foi a vez do Fimpro (Festival Internacional de Improvisação Teatral), com participação dos grupos Colectivo Mamut (Chile), Complot Escena (México), Liga Profesional de Improvisación (Argentina) e Acción Impro (Colômbia), além dos grupos nacionais Cia. Imprópria (Ouro Preto – MG), Cia. Acômica (Belo Horizonte – MG) e Cia. do Quintal (São Paulo – SP). Em outubro deste ano, o grupo representou o Brasil no Mundial Impro Chile 2010.


Este espetáculo não conta com patrocínio.

Apoiadores

O espetáculo foi realizado com o apoio do Edital Ilhas Livres 2010, da Cia Clara de Teatro, e também conta com o apoio cultural de:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pensamentos de paraíso astral.

No dia 28 de outubro eu completo 24 anos. Eu sei que eu não estou velha, e estou longe de ficar ou parecer velha (e o tempo passa cada vez mais rápido, eu sei). Mas hoje me bateu umas coisas estranhas. Tá, não são tão estranhas porque eu sempre penso numas coisas assim, mas hoje veio mais forte. Aquele tipo de pergunta que as pessoas só costumam se fazer lá pros 40, 50 ou 60 anos, sei lá. Quando elas resolvem parar pra pensar no que fizeram da vida até ali, no que tem até ali, e o que pretendem fazer dali pra frente e essas viagens todas. Dizem que quando a morte está próxima, o filme da sua vida passa rapidamente pela cabeça e eu espero do fundo do meu coração que eu ter refletido sobre essas coisas hoje não seja um sinal de que eu vá me despedir desse mundo que tanto gosto.

Gosto. Reclamo e não vejo muito sentido nele na maioria das vezes, mas eu gosto sim.

Tem quase 24 anos que estou nele.

O que eu fiz da vida até hoje? Bem, eu formei no colégio, fiz cursinho, fiz vestibular, fiz uma parte de uma faculdade, fiz o Teatro Universitário. Trabalhei como monitora, como professora, como secretária, como vendedora, hoje sou atriz. Tenho no currículo inúmeras apresentações, oficinas com pessoas fodas, alguns comerciais. Tudo bem.

O que eu consegui até hoje? Consegui largar a faculdade que detestava e provar para os meus pais que a profissão de atriz não é hobbie, e que aos trancos e barrancos consigo me manter assim. Consegui que eles tenham orgulho de mim. Consegui trabalhar com pessoas que eu queria. Consegui juntar uma graninha. Consegui comprar e fazer muita coisa com meu dinheiro, sem depender mais dos meus pais. Tudo bem.

Tive momentos inesquecíveis ao lado de amigos e namorados. Amei e fui amada, ri, chorei, dancei, dancei demais, cantei, desafinei, berrei, xinguei, emburrei, discuti, conversei, escrevi, adoeci, dormi, dormi, dormi... E muitos, muitos, muitos e inimagináveis outros verbos. Tudo bem.

Vivi?...

O que eu pretendo fazer daqui pra frente?

Esse é o ponto onde eu queria chegar, aquilo tudo ali em cima era só pra contextualizar o pensamento.

Hoje eu fiquei um bom tempo em frente a este computador (que faz parte essencial da minha vida, diga-se de passagem) e por um grande acaso do destino eu me deparei com sites e fotos que nunca tinha visto. As coisas pulam na nossa frente do nada sem que a gente procure e a gente só fica se perguntando como isso nunca apareceu antes. É que tudo tem a hora certa, eu sei, eu só fico encasquetada é com a pontualidade dessa hora.

Talvez o que eu vi não tenha nada demais, mas acho que hoje vi com um olhar um tiquinho diferente e isso pode ter feito toda a diferença. Vi fotos de uma menina com os amigos dela. Momentos legais ao lado de pessoas legais, e só. Sem compromisso de ser bonita, de ser interessante, de ser qualquer coisa que não era. Era aquilo e era. Vi um blog onde um cara pedia a namorada em casamento em público, e falava de amor, de amor, de amor, de ciúmes, de defeitos dele, questionamentos e problemas de relacionamento, coisas tão normais, tão cotidianas, tão da vida de todo mundo... Mas com uma sensibilidade e um toque muito especiais. Ouvi umas músicas que gosto e que não ouvia há muito tempo e cantei bem alto como não fazia há muito tempo também. Fiquei bem.

Mas confesso. De uns tempos pra cá tenho reclamado de (quase) tudo. Reclamo quando é sol, reclamo quando é chuva. Reclamo de ficar em casa, reclamo de sair. Reclamo de ficar à toa, reclamo de trabalhar. Reclamo de estar sozinha, reclamo das pessoas. O que sobra de tanta reclamação? Uma Bella sem muitas energias, com os olhos e ombros meio caídos, meio sem graça e sem vontade de viver. Uma Bella chata e bem diferente de outra Bella que vivia em outras épocas.

Vivi?...

O que eu pretendo fazer daqui pra frente?

Me resgatar. Colorir as páginas do meio do livro que estão em branco. Fazer uma faxina, tirar todo o pó e deixar tudo brilhando. (Não literalmente, viu, mãe? É que algumas coisas nunca mudam...). Dançar mais. Cantar mais. Sorrir mais, chorar mais, e mais e mais e mais de tudo o que preenche uma vida. Perceber nos detalhes mínimos que ali está tudo de que se precisa. Uma lua e uma estrela num céu alaranjado. Estar ao lado das pessoas certas. Continuar trabalhando com o que eu amo. Simples assim e pronto.
Assim como girar um caleidoscópio e ver as figuras se formando, as cores se misturando, e se encantando com cada novidade... É o que eu pretendo fazer daqui pra frente.

E para que o plano não se perca, eu vou ganhar uma câmera fotográfica de aniversário, para registrar todos os meus momentos de simplicidade e delicadeza, para que eu possa recorrer a eles quando tudo começar a desbotar e para que eu possa me lembrar das cores que o mundo tem. Pra colorir minhas páginas em branco com as cores da vida. Da minha vida.

E vai ficar tudo bem.

Viva!


Ass: Bella Marcatti.

Agradeço às pessoinhas lindas que mesmo sem saber vêm contribuindo arduamente para essa mudança de pensamento. Se você está lendo e acha que pode ser você, existe 99,99% de chance de ser. =)

E quem quiser me dar de aniversário um caleidoscópio, agradeço.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pensamentos soltos.

Cabeça vazia, oficina do diabo. Essa teoria se aplica em partes. O diabo adora trabalhar na minha cabeça, eu estando ocupada ou não. Nos dias em que tenho muitas tarefas ele resolve trabalhar quando estou dentro do ônibus, andando nas ruas, durante o banho, enquanto como ou antes de dormir. Ele sempre encontra um espacinho. Isso pode querer dizer também que eu tenho a cabeça vazia nas horas vagas, o que pode não ser tão legal assim se for verdade.
O fato é que hoje o diabo pôde se esbaldar no oco da minha cabeça. Fui dispensada do meu ensaio e dps de muito tempo, passei um dia inteirinho dentro de casa, fazendo absolutamente nada.

O pensamento é. Me sinto sozinha.

Tá, eu sei, eu sei, eu vivo cercada de milhões de pessoas o dia inteiro. Tem a turma do teatro (gigantesca), a turma da dança de salão, os amigos aleatórios, os que me acompanham em algumas refeições, os que vão me assistir no teatro, os que me ligam ou mandam mensagem no celular de vez em quando, os que mandam recadinhos no twitter ou orkut... Mas isso não quer dizer nada. De todas as pessoas que me cercam, qual sabe realmente do que se passa na minha vida? Diria que uma sabe de 50%, outra 80% e UMAZINHA só sabe 99%. O 1% que falta pra essa umazinha é o que eu tenho vergonha de contar e o que nem eu mesma sei como dizer.

Aí fico vendo as fotos das pessoas na internet. Sempre cheias de amigos, de festas, de momentos legais. E sinto uma pontinha de inveja. Eu tenho trocado meus possíveis momentos legais pra ficar dentro de casa descansando, o que é um momento necessário também, eu acho. Mas eu poderia levar a minha vida de uma maneira mais leve, também.

Por outro lado, pra quê ficar indo a festas e reuniões sociais? Pelo menos pra mim, soa tudo meio artificial. Seria estar no meio de uma turma enorme que está ali comigo na foto e é como se nem tivesse. Se cada um recortasse o seu rosto na foto e ficasse um buraco, daria no mesmo. Então que sentido tem?

Então eu começo a pensar que posso ser um cocozinho pras pessoas, assim como as pessoas têm sido cocozinhos pra mim. Do tipo que não faz diferença, não importa. Elas não querem saber do que eu tô passando e eu também pouco me importo com elas, tão preocupada estou no meu mundinho de diabo.

Então eu começo a querer encontrar ao menos uma pessoa que realmente valha a pena conviver e compartilhar a vida. Que torne as coisas mais leves. Que me faça ter ânimo pra sair e ver o mundo com as cores que ele tem. Que me faça ver que as pessoas não tem que me bastar, mas eu mesma tenho que me bastar. Que as pessoas estão no mundo pra somar, e não pra tapar buracos que estão em mim. Que elas não tem nada a ver com isso.

E aí eu percebo que não preciso encontrar pessoa nenhuma. Que tudo tem que partir de mim mesma. Não sei como, mas é assim.

E me sinto novamente sozinha. E oca.

E trabalha, diabo...


Ass: Bella Marcatti.