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terça-feira, 24 de agosto de 2010

TEM R$5 SOBRANDO???

QUER PATROCINAR UM ESPETÁCULO DE IMPROVISAÇÃO TEATRAL?

Agora você pode!

A UMA Companhia está em processo de montagem do seu novo espetáculo teatral, o "Dos Gardenias Social Club".

No total somos 13 profissionais envolvidos no projeto (atores, cenógrafa, figurinista, iluminador, professores de dança...), trabalhando sem verba e remuneração.
Como não temos patrocínio, resolvemos pedir a sua ajuda, quem sabe assim não consigamos pagar pelo menos o cenário?

Qualquer quantia ajuda, e muito! R$5,00, R10,00, R$50,00. O que você puder!

E se você puder doar R$50,00, ganhará um par de cortesias para o espetáculo. Se doar R$100,00, ganha 3 pares de cortesias - uma forma que encontramos de retribuir o seu investimento.

Por meio desta vaquinha virtual, você pode doar qualquer quantia via transferência bancária, boleto ou cartão de crédito.

Algumas pessoas têm relatado que não conseguem efetivar a transação via transferência bancária, então sugerimos que você dê preferência a BOLETO, caso queira contribuir. =)
Você gera o boleto e paga da forma como preferir.

SEGUE O LINK: http://t.co/8IsFSKu.

E, finalmente, se você conhece alguma empresa que queira apoiar o espetáculo e ter sua marca amplamente divulgada, entre em contato: debora.o.vieira@gmail.com

Aqui você tem acesso a algumas informações sobre a UMA Companhia: http://umacompanhia.wordpress.com/

"Dos gardenias para ti
Que tendrán todo el calor de un beso..."

Ass: Bella Marcatti.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Anotações de ônibus.

Ônibus. Andar de ônibus é coisa que ninguém gosta de fazer. Eu, obviamente, não sou muito diferente. Como ultimamente minha rotina tem sido muito louca, tenho que ir de um lugar a outro e dali pra outro lugar, tenho pegado em média 5, 6 ônibus por dia, ou até mais, dependendo dos lugares. Como ando com um bloquinho sempre em mãos e escrevo meus pensamentos quase que instantaneamente, percebi que muito do que eu escrevo dentro dos ônibus se refere a fatos e acontecimentos que acontecem ali mesmo. Fiz um apanhado dessas anotações e vou transcrever agora pra vocês...

"Porra, já tem mais de quinze minutos que eu tô parada nesse frio do capeta esperando o ônibus. Se eu soubesse que ia ficar aqui tanto tempo, poderia ter dormido mais. Já que vou chegar atrasada no ensaio mesmo... E agora era só o que me faltava, a cidadã sem o mínimo de noção pára em pé na minha frente e ainda acende o cigarro. Fedorenta! "

"Eu tenho o costume de cumprimentar os motoristas e trocadores, mas tem uns que fingem que nem ouviram! Que raiva! Eles nem imaginam o esforço que eu faço pra ser simpática com eles depois de esperá-los por tanto tempo no ponto. Faço questão de repetir o cumprimento em tom de ironia, só pra ver se eles são educados forçadamente. E quase sempre funciona. Forçadamente. "
"Quando tô em pé ninguém nunca oferece de levar a minha mochila! Só por isso eu parei de oferecer de levar as coisas dos outros quando estou sentada. A não ser que a pessoa esteja insistentemente batendo a bolsa na minha cara, então eu educadamente ofereço: "quer que eu leve?" e a pessoa sem o mínimo de senso de incômodo responde: "não, obrigado, tá levinho." Querido, eu não tô oferecendo pra te ajudar e não tô interessada se tá pesado ou leve, o fato é que tá batendo na minha cabeça, então me dá essa merda pra eu carregar antes que eu dê um soco no meio da sua cara. De qualquer forma, eu acho que prefiro as bolsas do que as barrigas gordas batendo na minha cabeça."

"Tendo em vista esse incômodo das bolsas, eu deveria me sentar na janela, eu sei. Mas eu não suporto mesmo a ideia de me sentar ao lado de milhões de chicletes pregados nas paredes dos ônibus, e olhar no cantinho da cadeira e ver papéizinhos e nojentices de toda espécie propositalmente colocados ali. Sem falar no nojo real que tenho de encostar naquele vidro embaçado de cabeça suja das pessoas que dormiram ali há meses. Não dá mesmo. Além do mais, eu prefiro dar licença para pessoas que não pedem a pedir licença a pessoas que não dão. A pior coisa que tem é quando você tá sentado na janela, vai descer, e a pessoa ao lado simplesmente encolhe as pernas da maneira mais preguiçosa do mundo. Porra! Não dá pra ver que em 10 centímetros eu e minha mochila não conseguimos passar e fatalmente eu vou esbarrar em você e você vai me olhar com cara de bunda? Então evite esse incômodo levantando para eu passar de maneira decente. Eu vou até ser simpática e agradecer a você com um sorriso."

"Ônibus é sempre um local de encontros. Pobre que é pobre encontra outro pobre no ônibus. Eu mesma já cansei de encontrar pessoas nos ônibus e vamos batendo papo até chegar a hora de um dos dois descer. Ok, isso é até legal. Mas peloamordedeus, gente, FALA BAIXO! Pra quê esguelar desse jeito dentro do ônibus!? Eu não tô nem um pouco interessada na sua saída do fim de semana, na doença da sua mãe ou qualquer coisa que diga respeito à você, porque eu não conheço você! Portanto, converse em tom normal, inclusive e principalmente se for falar ao telefone. Tem gente que já atende o telefone gritando, meu Deus, pra quê? Hoje em dia a tecnologia já permite que você converse em tom natural com as pessoas no telefone. Não pense que se gritar, a pessoa lá do Barreiro vai ouvir, não vai!!! Fala baixo, por favor, que eu estou ouvindo música no volume máximo e ainda assim a sua voz está me incomodando profundamente. Isso porque eu tenho educação e ouço música com fones de ouvido. Fones de ouvido foram inteligentemente criados para que você possa ouvir suas músicas horrorosas sem perturbar ouvidos alheios que não tem absolutamente nada a ver com o seu mau gosto. Portanto, você que ouve funk, pagode, axé e uma coisa parecida com Calypso que eu não sei como chama... sem fone, compre um fone. No shopping OI é super baratinho e você fará um bem gigantesco para a humanidade. Juro."

"Desculpa, gordos. Mas eu odeio sentar ao lado de vocês. É que ou vocês me espremem nos chicletes ou vocês me colocam com a metade da bunda pra fora da cadeira e eu tenho que ficar equilibrando com o pé. Desculpa mesmo, mas enquanto eu puder evitar sentar perto de vocês, eu o farei."

"Cecê eu acho que nem precisa comentar."

"Sempre acho que tem alguém lendo as coisas que eu escrevo. A mulher aqui do meu lado tá praticamente pedindo pra eu escrever mais rápido pra ela acompanhar a história até o fim a tempo de descer no ponto dela. E quando eu escrevo alguma coisa feia, a pessoa ainda me olha me recriminando...! Não seria mais certo eu fazer o contrário? Outro dia eu tava lendo um texto e a mulher tava lendo comigo. Nem disfarçou, ela tava quase subindo em cima de mim. Quando eu passei a página ela assustou, e soltou um "tsc". "

"Não consigo tirar os olhos de um cara semi-bonitinho que tá no ônibus. Ele deve ter uns 22 anos no máximo, e eu acho que curti os óculos dele. Ele sabe que eu tô olhando e tá se fazendo de difícil. Ele não tem motivo nenhum pra estar de pé no sol, e está. E ele olha de rabo de olho pra mim e está curioso para saber o que é que eu estou escrevendo. Ele desceu."

"Acho que semana que vem vou pintar as minhas unhas de roxo escuro, que nem as dessa moça aqui do lado."


Ass: Bella Marcatti.

domingo, 8 de agosto de 2010

Gafe.


Este é um fato verídico. Qualquer semelhança com a realidade não tem nada de coincidência. Nomes reais foram mantidos para melhor compreensão da história.


Dia dos pais. Almoço de família. Na copa estão: meus pais, meus padrinhos, minha irmã, minha tia avó de 78 anos e a filha dela. Minha tia avó se chama Dylva. Lê-se Díuva. Comíamos macarronada. Estávamos todos em silêncio, comendo. Todo mundo estava de boca cheia, e como educados que somos não falamos de boca cheia. Realmente não me lembro como começou ou de onde surgiu a conversa. Alguém (acho que foi a minha mãe, isso é bem a cara dela) brincou com o nome da minha tia avó, trocando o acento de DÍUVA para DIÚVA. Diúva. Di uva. De uva.

Eis que do nada eu batuco e canto: "Chupa, chupa que é DIÚVA, chupa que é DIÚVA!"

Tamanha a cara de espanto do meu pai me reprimindo, tamanha a gargalhada que minha prima e minha irmã soltaram na hora. Eu fiquei muito vermelha mas não aguentei a gargalhada. Saiu de forma tão espontânea que não deu pra segurar...

Moral da história:
1)Ainda bem que ela é meio surda e nem ouviu a musiquinha.
2)Eu perco a tia avó mas não perco a piada.
3)Os treinos de improvisação estão fazendo efeito.


Ass: Bella Marcatti.