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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dibujos!!



Presentes que ganhei do meu leitor mais assíduo e amigo de longa data!
Muito obrigada, Albane! =)


Ass: Mirabella Marcatti.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Para você.

PARA LER OUVINDO MADELEINE PEYROUX - I'M ALL RIGHT

http://www.youtube.com/watch?v=YfJrwLJJp3A

...Parei pra pensar sobre você. Você é tão diferente de tudo o que eu já vi nessa vida. Você é a mistura de tudo o que há de melhor e pior. Você é capaz de me trazer a paz que eu tanto procuro, mas pode me enlouquecer com tamanha maestria se quiser. Você tem a meiguice de uma criança, tamanha a sensualidade no seu olhar. Você não tem noção do corpo que possui e do que esse corpo é capaz de fazer, mas sabe utilizá-lo sempre da maneira mais adequada. E respeita você. Gosto das suas roupas. Estilosas. Comuns. As roupas que só você usa. O seu cabelo é tão cheiroso. Tão oleoso. E eu gosto de passar a mão neles o tempo todo, acho que é por isso que fica oleoso. Gosto do seu corte querendo ser diferente. E quando você muda o penteado, é incrível como você também muda, não só o rosto, mas o jeito de se comportar. Você tem muitos personagens dentro de você. Conheço muito bem alguns deles. Outros morro de vontade de conhecer. Você sorri de maneira tão aberta para o mundo. Gosta de abraçar as pessoas. Não sabe falar grosso, de maneira estúpida, embora às vezes tente, só pra me impressionar. Sabe falar fino como ninguém mais sabe. E às vezes isso me incomoda. Você tem as mãos mais delicadas e finas que eu conheço. Não gosto quando você rói as unhas dessa maneira ansiosa. Chega a doer em mim as feridas nos seus dedos. Você tem a pele mais lisa e mais aveludada. Gosto das suas costas. Não entendo sua ansiedade. Você se dedica tanto ao que faz, isso me admira. Você tem energia. Tem calor. Tem verdade. Tem amor demais nesse coração. Tanto que às vezes não sabe se gosta mais de mim ou de você, ou de mais alguém que possa cruzar a esquina a qualquer momento. Você conquista todo mundo. Você tem uma ingenuidade tão linda. Mas me atrapalha. Você devia trabalhar sua esperteza, e não porque o mundo é dos espertos, mas sim porque você merece sair por cima em algumas situações. Você faz tanta bagunça! Você é o retrato claro e puro de onde vive. Deixa tudo de cabeça pra baixo. Me deixa com a cabeça fervendo. Me irrita com tanta desorganização. Eu não vou arrumar nada pra você, mesmo sabendo que posso. E talvez até deva. Mas me falta ânimo. Eu adoro suas caretas. Sua capacidade de se transformar num monstro feio e deformado. Mesmo não sendo. Curto seus vícios. Os de sempre. Os passageiros. E não te culpo. Te permito ser feliz naquele instante. Se te faz feliz. Gosto das músicas que você de repente canta. O seu inglês inventado, seu espanhol bem pronunciado. Seu jeito de tentar não desafinar esticando o pescoço pra cima, mas aí é que desafina mesmo. E você ri de você. E como dança. Caramba, como dança. Queria ter sempre essa disposição pra atravessar deslizando o corredor usando meias como você faz. Gosto de ver você brincando em frente ao espelho. Muitos de seus personagens aparecem ali. Você inventa tantas caras e bocas. Às vezes presto atenção nas idiotices que você fica falando embaixo do chuveiro. Você me diverte com sua criatividade. E me entedia quando começa a falar um monte de coisas sem nexo com sotaques de carioca misturado com sotaque de paulista misturado com sotaque do sul. Gosto das suas piadas. Mesmo as ruins. E gosto mais ainda quando é você que inventa. Queria que você terminasse as coisas que começa. Odeio sua preguiça. Queria que você me acordasse todos os dias bem cedinho para que pudéssemos aproveitar melhor o dia. Sinto falta de você às vezes, onde você se esconde? Queria saber os caminhos que levam a seu esconderijo mais secreto. Aquele que você vai quando pára o olhar nalguma coisa qualquer e fica sem piscar por um tempão. Isso me agonia. Queria que você rezasse mais, tivesse mais fé. Eu sei que você tem melhorado isso, mas te digo, ainda é pouco. Queria que você me ouvisse quando digo pra comer melhor, beber água. É pro seu bem. Pois se você adoece, putz. A minha vida acaba, eu adoeço também. Mal levanto da cama e demoro pra me recuperar. Não imagino minha vida sem você. Deixo você se entregar a algumas pessoas aqui e ali, mas preciso de você um tempo comigo todos os dias. Odeio quando você sofre por alguém. Acho que você não merece, mas acho que você aprende. Quem sabe assim você fica melhor comigo. Que é o mais nos importa, eu sei. Você não sabe fazer joguinhos, embora se esforce pra isso. Sua sinceridade te atrapalha. Mas acho que é melhor ser assim do que ser que nem aquelas pessoas que te rodeiam. É por essas e outras que você é diferente. E somente as pessoas de muito bom coração é que vão ter você por perto. Luto tanto pra te proporcionar isso, te sumindo das pessoas que te fazem mal. Você devia acreditar mais na sua capacidade. Se lesse de verdade o que você escreve, veria o quanto é legal. E não se prenderia a números. Você é de uma inteligência única. Admiro tudo o que você pensa. Às vezes gostaria que você tivesse pensado algumas coisas antes de outras pessoas, só para o mérito ser seu. Você não precisa ter tantos ciúmes. Isso me consome todos os dias. Te ver suando e tremendo de raiva, me faz ruborizar. Não soque as paredes, não grite, não tenha esse instinto assassino. Isso me assusta, nunca sei quando você está falando da boca pra fora ou é realmente capaz de matar alguém. E sempre tento tirar isso da sua cabeça, mas a gente sabe que nem sempre você me escuta de verdade. Você não pode matar ninguém, porque eu não posso me prender junto com você. Preciso da minha liberdade. Da nossa. E ainda há muito o que fazer. Além do mais, eu sei que você não é tão ruim assim. Você se dá bem com crianças. Crianças gostam de quem gosta delas. Por isso eu quero muito ver você tendo um filho. Um menino lindo chamado Vinícius. A criança mais linda e mais amada do mundo. Eu sei que você às vezes duvida das coisas que eu te falo, mas pelo tanto que eu te conheço, acredite nisso: Você é muito, muito especial, e eu te amo!


Tá bom, eu sei que você acha clichê e brega terminar desse jeito. Mas é que hoje eu tô assim. Me permite?

Ass: Você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Retrato.

Mesa: Tela do computador com bichinhos de pelúcia em cima. Várias capinhas de cd que eu não sei o que têm dentro. Caixinha de som do computador com a luzinha vermelha acesa e o fone ligado até as minhas orelhas. Está tocando John Mayer. Uma cartela de Neosaldina, com três comprimidos e sete buracos. Caixinha de cílios postiços. Caixinha com figurinhas do álbum AMAR É que eu não consegui completar. Um copinho de isopor autografado por um palhaço foda que eu esqueci o nome, cheio de canetas coloridas e uma reguinha do Mickey dentro, e um nariz de palhaço de plástico duro. Um potinho de creme hidratante para as mãos de frutas vermelhas da Natura. Dois frasquinhos de Privina. Um Snoopy dentro de um aviãozinho e uma bonequinha da Pops do Chaves (prêmios de Mc Lanche Feliz). Um condicionador de lábios da Avon. Um protetor solar para os lábios da Avon. Um gloss de baunilha da Victoria Secrets. Uma borboleta azul de vidro. Uma borboleta azul de borracha. 3 gominhas de cabelo. Um grampo. Um tic tac. Um tigrinho de biscuit de colocar recados. Uma boneca de biscuit de colocar recados, e tem um recado escrito: "É bagunçado, mas é meu!". Um Halls. Uma Butter Toffees. Um alfinete. Um clips. Duas moedas de cinquenta centavos. Duas moedas de dez centavos. Três anéis. Quatro pares de brincos. Um apito que apita parecendo gato sofrendo. Um frasco de Dipirona Sódica. Um batom com sabor tutti-frutti da Avon. Um creme hidratante para o corpo Nivea. Um tubinho de Super Bonder. Uma carterinha de estudante vencida. Uma carteirinha da Academia Gutierrez Fitness, onde eu fazia Kickboxing. Extratos de banco. Um rolo de durex. Comprovantes de pagamento. Cartela de pílulas. Cinco comprimidos amarelos, quatro marrons e dezenove buracos. (Xi, vem TPM por aí.). Papéis, cartões, cartinhas.

Cama: A boneca fadinha. O ursinho de pelúcia. A almofadinha xadrez. O travesseiro fino, com fronha de florzinha marrom. O travesseiro grosso, com fronha de borboletas roxas. O travesseirinho de neném com fronha de coraçõezinhos vermelhos. Livro "Ninguém é de ninguém". Envelope pardo com não sei o quê dentro. Uma sacola da Leitura com um livro que eu comprei e não tenho coragem de falar o título. Caixinha do meu óculos de grau. Um saco plástico com todos os acessórios capilares de Mirabella. Capinha do meu celular. Um girassol de plástico. Vários folders de eventos culturais de BH que eu fui e não vou. Um par de luvas pretas. Minha agenda prateada. Meu celular. Meu MP4. Maquiagens da Mirabella. Uma caneta. Uma blusa de frio preta. Uma blusa de frio vinho. Uma blusa de frio azul. Uma blusa verde. O lençol verde. O virol que faz conjunto com a fronha, de borboletas roxas, lilás. Esse é o jogo de cama que eu mais gosto. O cobertor vermelho. O cobertor rosa. O edredon de flores cor de rosa que eu ganhei da minha amiga Virgínia em meu último aniversário. Tudo embolado.

Chão: Muitos e muitos cadernos empilhados. Debaixo das camas, há caixas e mais caixas de sapatos. Uma sacola com figurinos. Outra sacola com outros figurinos. Minha mochila lotada de outros figurinos.

Parede: Uma parede só com pop cards. Era pra ser legal, mas o tempo foi passando, os pop cards foram descolando e caindo. E eu não os preguei de volta. Então tá cheio de buracos com marcas velhas de cola de durex. Alguns pop cards estão pregados só pela metade e estão quase caindo. O que eu queria que caísse nunca cai. É o que está pregado ao lado de onde minha cabeça fica quando eu deito na minha cama, ou seja, eu olho pra ele toda hora, e ele diz: "Não deixe seu tempo escorrer pelo ralo." E eu me sinto culpada por acordar 14h todos os dias quando leio esse pop card idiota.

Na outra parede: Uma foto ridícula de quando eu tinha meses de idade no Estúdio Sonora. Folhas de retroprojetor escritas à mão com coisas lindas de amor. Um prego segurando ao mesmo tempo uma mandala de borboleta azul, uma coisa de captar a luz do sol que deveria estar na janela, meu MP3, meus fones de ouvido e um nariz de palhaço de plástico duro. (Meu primeiro nariz de palhaço.) Dois desenhos que a minha amiga Júlia fez pra mim em 2008 e já se apagaram, então agora são só dois pedacinhos de papel. Uma moldura sem foto, onde tinha a foto minha e do meu ex namorado.

Não consigo nem começar a enumerar o interior do meu armário.

É verdade que a organização do seu quarto reflete seu estado emocional? Se for, faz todo o sentido.


Ass: Bella Marcatti.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O fantástico mundo de Bella.

Minha imaginação é muito fértil. Seria até legal escrever um livro. Pena que eu só penso idiotice.

A seguir, algumas das idiotices que nascem, crescem, reproduzem e infelizmente não morrem no meu cérebro. Leia se tiver com tempo e paciência.

Imagino relações amorosas entre as pessoas. Geralmente é entre uma pessoa que eu conheço (homem) e uma pessoa que eu não conheço (alguma vaca que eu vejo a simples foto no Orkut ou Twitter dele). Além de imaginar como e quando eles se conheceram e porque se adicionaram naquele meio de comunicação, eu imagino uma maneira rápida e eficaz de destruir aquele relacionamento. Um recado bem querido pra ele. Um recado anônimo ameaçando-a de morte. Imagino uma carta cheia de letrinhas de revista contando pra ela que ele é gay. (Porque dizer que ele tem namorada não adianta. Aí é que a vaca gosta mesmo.)

Todas as noites, antes de dormir, olho pra cara do meu ursinho de pelúcia, e fico imaginando qual será o rosto que vai substitui-lo um dia. Engraçado, a minha imaginação fértil não consegue elaborar um rosto novo, inédito. Quase todos os dias vem um rosto que eu gosto, mas tenho certeza de que o dono do rosto não gostaria muito, então eu tento mudar. Aí vem o rosto do cara que faz o filme P.S. Eu te amo. E olha que eu nem acho ele tudo isso, apesar de que ele é bem muita coisa. Mas é que no filme ele me passa tanto aquela imagem de maridão que eu quero pra minha vida, sabe... Que eu gosto de pensar nele nessa função substituto do ursinho de pelúcia.



Penso no dia que vou ter coragem ou necessidade de mudar o visual muito radicalmente. Do tipo cortar o cabelo muito curtinho ou ficar careca mesmo. Eu vou ficar horrível, com as maiores orelhas e o maior nariz do mundo. Nú! Com relação às orelhas, eu penso em colá-las com cola Super Bonder. As orelhas podem ser grandes, mas pelo menos não vão ficar com aquelas cartilagens transparentes e vermelhas contra a luz. E o nariz... Bem... Não tem muito jeito. Mas acho que quando eu ficar careca eu vou tirar o meu piercing, pra ver se chama menos a atenção. Ou eu deixo o piercing e assumo que é estilo, como eu já faço atualmente.


Gosto de criar vidas para as pessoas. Se estou na rua e vejo uma pessoa que me chama a atenção por algum motivo e eu olho pra ela por mais de cinco segundos, começo a imaginar toda a trajetória dela até ali. Onde mora, o que faz, porque está ali, o que gosta de fazer, de comer. Ou tento imaginar o que ela está pensando naquele momento. Já flagrei vários pensamentos românticos... Que são os que eu mais gosto de imaginar. Ainda mais quando dentro do ônibus eu consigo ver no papel de parede do celular dela a foto dela com o namorado. Se é foto sozinha, é solteira. Se o cara tem aliança, tem namorada. Mas pelo estilo de andar dele eu descubro se ele é fiel ou não. E crio até a amante. E me imagino pegando o celular dele e ligando pra menina só pra contar pra ela.

Imagino se um dia eu entrasse num lugar cheio de gente e começasse a cantar bem alto. Uma música que todo mundo conheça. E aí todo mundo vai cantando, feliz, todo mundo levanta, pára de fazer o que está fazendo e começa a dançar. Tipo coisa de filme. Mas eu é que ia começar.

Imagino que tem uma velha morando dentro do meu armário. Mas ela só fica lá de noite. E por isso eu sempre durmo com as portas do armário muito fechadas, porque ela fica me olhando, e ela é muito feia, toda deformada e curva. E debaixo da minha cama mora o Chuck. Por isso eu jamais durmo com qualquer parte do meu corpo pra fora da cama, porque ele pode puxar pra debaixo da cama! Mas é melhor mudar de assunto que já são quase 2 da manhã e eu fico com medo de verdade.


Imagino que o mundo pode ser apenas uma célula dentro de um corpo humano. E que estamos exercendo todas as nossas funções sem saber que estamos realizando pinocitose, fagocitose, mitose, e sei lá o que mais que um dia eu estudei na aula de biologia.

Essa eu já imaginava muito antes de existir aquele filme do Jim Carrey que eu esqueci o nome agora mas é muito bom. Eu sempre achei que o mundo girava em torno do meu umbigo. Não no sentido egoísta da coisa, mas no sentido de que todo mundo tava vivendo ali só pra testar o meu comportamento naquela situação. E eu ainda penso muito nisso, principalmente quando alguma pessoa fica me olhando demais sem um motivo aparente (uma meleca saindo do nariz, ou um fio de cabelo pra cima, sei lá.), e mais ainda quando é criança (porque criança não sabe que não pode ficar olhando pra cobaia da pesquisa senão ela percebe). E mais ainda, quando acontece uma super coincidência, do tipo, eu penso numa pessoa que não vejo há anos e encontro com ela na rua por acaso, ou ela resolve me ligar simplesmente pra saber como eu tô. Cara, tem alguém me sacando nessa história, eu tenho certeza!


Imagino se um dia eu parar de trabalhar com teatro. Essa com certeza é uma das maiores idiotices que eu poderia pensar. E a minha imaginação trava nessa hora. Porque eu não consigo me imaginar fazendo absolutamente nada além disso.

Acho que por hoje tá bom de idiotice. Obrigada por sua atenção.


PS: O filme do Jim Carrey se chama "Truman, o show da vida." Obrigada, Caique/Google.
PS 2: Eu ia colocar uma foto da velha do armário, mas fiquei com tanto medo que deletei. E a do Chuck taí pra ilustrar, mas eu tô com muito medo dele, confesso, e juro.
PS3: Olhem o ursinho. E não eu. Eu tinha acabado de acordar. Tô mais feia que a velha e o Chuck juntos.

Ass: Bella Marcatti