Cama: A boneca fadinha. O ursinho de pelúcia. A almofadinha xadrez. O travesseiro fino, com fronha de florzinha marrom. O travesseiro grosso, com fronha de borboletas roxas. O travesseirinho de neném com fronha de coraçõezinhos vermelhos. Livro "Ninguém é de ninguém". Envelope pardo com não sei o quê dentro. Uma sacola da Leitura com um livro que eu comprei e não tenho coragem de falar o título. Caixinha do meu óculos de grau. Um saco plástico com todos os acessórios capilares de Mirabella. Capinha do meu celular. Um girassol de plástico. Vários folders de eventos culturais de BH que eu fui e não vou. Um par de luvas pretas. Minha agenda prateada. Meu celular. Meu MP4. Maquiagens da Mirabella. Uma caneta. Uma blusa de frio preta. Uma blusa de frio vinho. Uma blusa de frio azul. Uma blusa verde. O lençol verde. O virol que faz conjunto com a fronha, de borboletas roxas, lilás. Esse é o jogo de cama que eu mais gosto. O cobertor vermelho. O cobertor rosa. O edredon de flores cor de rosa que eu ganhei da minha amiga Virgínia em meu último aniversário. Tudo embolado.
Chão: Muitos e muitos cadernos empilhados. Debaixo das camas, há caixas e mais caixas de sapatos. Uma sacola com figurinos. Outra sacola com outros figurinos. Minha mochila lotada de outros figurinos.
Parede: Uma parede só com pop cards. Era pra ser legal, mas o tempo foi passando, os pop cards foram descolando e caindo. E eu não os preguei de volta. Então tá cheio de buracos com marcas velhas de cola de durex. Alguns pop cards estão pregados só pela metade e estão quase caindo. O que eu queria que caísse nunca cai. É o que está pregado ao lado de onde minha cabeça fica quando eu deito na minha cama, ou seja, eu olho pra ele toda hora, e ele diz: "Não deixe seu tempo escorrer pelo ralo." E eu me sinto culpada por acordar 14h todos os dias quando leio esse pop card idiota.
Na outra parede: Uma foto ridícula de quando eu tinha meses de idade no Estúdio Sonora. Folhas de retroprojetor escritas à mão com coisas lindas de amor. Um prego segurando ao mesmo tempo uma mandala de borboleta azul, uma coisa de captar a luz do sol que deveria estar na janela, meu MP3, meus fones de ouvido e um nariz de palhaço de plástico duro. (Meu primeiro nariz de palhaço.) Dois desenhos que a minha amiga Júlia fez pra mim em 2008 e já se apagaram, então agora são só dois pedacinhos de papel. Uma moldura sem foto, onde tinha a foto minha e do meu ex namorado.
Não consigo nem começar a enumerar o interior do meu armário.
É verdade que a organização do seu quarto reflete seu estado emocional? Se for, faz todo o sentido.

Ass: Bella Marcatti.
4 comentários:
Muito bom esse post! Me deu até inspiração. Devo dizer que sou um pouquinho mais organizada do que você...hehehe!E organização demais, as vezes estressa. hehe!É claro que, quando passa uns dias que a faxineira teve aqui, o caos começa a aparecer...O que me chamou atenção foram as quantidades de remédios em sua volta. Exatamente igual a mim. Não vivo sem eles. Neosaldina e relaxantes musculares então...todo dia!!!
Como cabe tanta coisa na sua mesinha do computador? cruz credo!
e acho que está passando da hora de rolar um faxinão nesse quarto hein?
Depois você passa para o faxinão da vida!!
Beijos
@Monique: Organização demais sempre me estressa, pq a minha mãe fala na minha cabeça o dia inteiro pra arrumar, arrumar e arrumar. Mas confesso que quando tá muito bagunçado eu dou uns berros: "Eu sou muito bagunceira meu Deeeeuuussss!", mas não tem muito jeito não pq eu sou assim mesmo e não consigo ser diferente. E quanto aos remédios... Só a Neosa é que uso sempre, por causa das dores de cabeça. O resto tá só de enfeite! Rs!
@Fernanda: Vc é filha da Heloisa?
descrições! adoro descrições!
isso ta me lembrando Amelie Poulain...
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