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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Post ruim de moral interessante.

Esta é uma história de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Sara e Luisa são gêmeas e estão na transição entre a adolescência e a vida adulta.

Mas todo mundo sempre disse que Sara é muito madura em relação a Luisa, mesmo elas tendo a mesma idade.

Luisa está afim de ir em festas e shows, está enchendo a cara de bebida, está começando a pensar em levar a faculdade um pouco mais a sério, ou começando a pensar que pode ser útil procurar um emprego. Luisa não quer nem saber de compromisso, quer curtir o cara gato daquele dia e tomara que ele não ligue no dia seguinte porque eu odeio cara que pega no pé. Se bem que ele tem uma Ferrari, então ele bem que pode ligar pra eu dar mais um rolezinho com ele por aí. Luisa não consegue conversar sobre um assunto interessante por mais de dois minutos. Ela fala sobre roupas, sapatos, cabelo, maquiagem e pára por aí. Luisa tem medo de crescer, medo de ser adulta. Estacionou.

Sara trabalha desde os 13 anos. Nunca teve tempo ou dinheiro pra ir em todas as festas que queria, ou pra comprar todas as roupas que achava bonitas. Desde sempre pagou todos os seus gastos, fossem eles com lanche, transporte ou ingresso pra festas. Sara é muito articulada, conversada, inteligente. Lê o jornal todas as manhãs, entende de quase tudo o que se passa no mundo, ama as artes, é capaz de conversar sobre qualquer assunto. Só tem amigos mais velhos e nunca gostou de fazer bagunça e aprontar com turma, tamanho seu senso de responsabilidade. Formada na universidade federal, trabalha já há anos dentro de sua área de formação. Avançou.

Estão com problemas em casa. Problemas de família.
Problemas assim mexem com qualquer pessoa, não interessa como ela é.
Dizem que uma pessoa só pode estar bem de verdade se tudo estiver bem dentro de sua casa. Afinal, é pra casa que você volta no fim do dia ou depois de uma viagem, e se não estiver tudo bem lá, não é pra onde você gostaria de voltar. Então, tem alguma coisa errada.

Luisa está forte. Encara os problemas de frente, discute, argumenta, ajuda a resolver. Apóia, conversa, funciona como um verdadeiro alicerce para a família toda. Age como uma pessoa adulta, que nem sabia que poderia ser. Avançou.

Sara não. A qualquer sinal de discussão e problema, se tranca no quarto e liga o som na maior altura. Finge que não é com ela, que não é ali. Passa a maior parte do tempo falando de outras coisas, fazendo outras coisas, como se nada daquilo lhe dissesse respeito. Não consegue dormir, não consegue comer, e tudo o que faz é se irritar. Age como uma adolescente rebelde, e não está nem aí. Regrediu.

Moral idiota da história idiota e totalmente mal escrita por falta de paciência e concentração: não adianta ser sensacional em tudo se você não tem estrutura emocional.




Ass: Sara Marcatti.

Um comentário:

Flavio Augusto disse...

"Quando você estiver cabisbaixo, não se esqueça de que há sempre um céu sobre você.
Quando o céu estiver nublado, lembre-se: há um Sol, acima dessas nuvens negras.
Quando o calor desse Sol não puder ser sentido, saiba e tenha convicção, de que há Alguém zelando por você."
Flavio Augusto