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domingo, 20 de março de 2011

Só mais um diário...

Tem muito tempo que eu não escrevo aqui né!? Eu tenho um pouco dessas fases mesmo, épocas mais inspiradas, outras menos... Eu até tenho escrito bastante à mão no meu bloquinho que não desgruda de mim um minuto. Mas até bom, tem coisas lá que não são mesmo pra serem publicadas aqui. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.


Cheguei de viagem agora. Eu tava em Uberlândia gravando um comercial. Foi uma coisa muito doida. Pra começar, eu nem fiz teste. Simplesmente me ligaram perguntando se eu tinha disponibilidade. Ter eu não tinha não, mas a gente aperta daqui, cancela ali, troca um ensaio e uma data acolá... Fui.

Saí daqui de BH ontem às 12:22h com mais 2 modelos e 2 atores. Desculpem-me as modelos, e eu espero que elas nem leiam isso... Mas a minha primeira reação quando as vi chegando foi: "ahhh neeemmm, jura que elas vão com a gente? Que preguiça!" Tá bom, eu confesso. Rolou um recalque. Uma é loira, alta, magra, com uma pele de bundinha de neném, olhos lindos, nariz perfeito e uma boca (fechada) muito grande e bonita.
A outra, morenássa de parar o trânsito, cabelo liso enorme, bronzeada, peitones, bundones.
Elas tavam arrumadássas, como quem iam pra Paris. E eu, isso daí que vocês já conhecem. 1,65 de altura, beleza mediana, banhazinhas, celulitezinhas, narigão... De calça jeans e tênis. É o que tem pra hoje, Brasil! E não tentem me convencer do contrário, no perfil do comercial a descrição da atriz que queriam era: em média 16 anos, com cara de nerd, mas razoavelmente bonita. E eu fui a selecionada! Então... Pronto. Mas em uma coisa eu me garanto. Eu sou legal. Sou mesmo, juro! E com as duas, juro de novo, não dava pra manter uma conversa por mais de 2 minutos. Uma delas tava querendo comprar um casaco no aeroporto pois estava com frio. Detalhe: o casaco no aeroporto custa 300 reais, e ela tinha acabado de falar que tava no seguro desemprego! Aí é esnobar demais sem poder, concordam? Ô gente, fala sério. Se você tiver indo pra Itália, pra França, até pra Argentina que for, e sentir frio, e lembrar que na sua mala não tem nenhuma roupa de frio e que você vai não só sentir, mas PASSAR FRIO, tudo bem... Justifica você gastar 300 reais num casaco no aeroporto, é uma emergência. Agora... Cara! A menina tá indo pra Uberlândia!!! Interior de Minas! Pra voltar no dia seguinte!! Poxa!! Tudo bem, tá meio friozinho mesmo, mas não dá pra aguentar? Tem MESMO que comprar um casaco por 300 reais no aeroporto?? Isso sem falar que a cada 3 palavras dela, 2 eram cidades do mundo pelas quais ela já desfilou. Aff.

Ainda bem que a preguiça não era só minha, um dos atores que estavam comigo virou mais que meu parceiro e companheiro nessa viagem, virou meu confidente e piadista particular. A gente não deixava passar uma, era comentário o tempo todo! E isso me ajudou muito a levar as coisas de maneira mais leve até o fim. Até porque ele me deixou bem tranquila me mostrando que o lábio superior da morena era levemente torto pela quantidade de botox, e que o cabelo dela era chapado, que os peitos e a bunda eram de silicone e que o bronzeado dela era artificial. Obrigada por isto!
Bem, ainda estamos no aeroporto. Não vou me estender muito falando das pessoas do aeroporto e nem das duas distintas senhoras que se sentaram do meu lado no avião. Fica por conta da imaginação de vocês. Mesmo. Não vale a pena.

Chegando no aeroporto de Uberlândia, ficamos meia hora esperando o cidadão da produtora buscar a gente. Ele veio e disse: "Uai! São 5? Eu tava esperando só 4, tem um excedente! Deixa eu conferir a lista de nomes..." E é claro que o nome que não constava na lista era o meu. A sorte é que alguém ligou pra ele e disse: "Cadê a Izabella?" E ele perguntou "Quem é a Izabella?" e a Izabella era eu. A pessoa que ligava era o assistente de produção me chamando pra gravar. Ou seja, eu era realmente importante naquela birosca!! E atrasada!

No caminho para o hotel, eu ia conversando com a cozinheira pelo telefone, escolhendo o prato que eu ia almoçar. Picanha, arroz, tropeiro, vinagrete e batatas fritas. =)
Engoli tudo e fui pro set.

Todos os figurantes não passavam dos 15 anos. Quando eu falei a minha idade ninguém acreditou, todo mundo achou realmente que eu tinha a idade deles. O que é bom. Quando eu tiver com 40tinha eu vou ter carinha de 30 ou menos. E nada de botox pra mim! Alô produção de Malhação!! Ainda dá tempo hein!? ;)
A gravação foi super tranquila, em pouco mais de uma hora a gente já tinha finalizado e dali em diante eu estava livre para fazer o que eu quisesse até hoje na hora de vir embora pra BH.

O hotel era lindo. Grande, chique, um hotel legal como eu nunca havia me hospedado. Tá bom, confesso e confesso mesmo. Assinei todos os atestados de pobreza no quarto de hotel.
1) Pular na cama.
2) Abrir o frigobar pra ver o que tem dentro e consumir coisas mesmo sem querer.
3) Ligar a TV mesmo sem querer ver.
4)Abrir os armários pra ver o que tem dentro.
5) Usar a torneira da pia do banheiro só no quente.
6) Ligar o ar condicionado e enfiar debaixo do edredon.
7) Acender a apagar as luzes e os abajures só pra ver como fica com cada clima.
8) Dormir no meio da cama, em posições nunca antes dormidas, só pra aproveitar melhor o espaço.
9) E o pior de tudo, e não proposital: ficar horas brigando com o cartão que funciona como chave do quarto, sem saber quando ele realmente trava a porta ou não. Me sentia bem mongol nesses momentos.

Na hora do jantar eu dei uma pequena abusada, pedindo o prato mais caro do menu. Peito de pato ao molho de frutas vermelhas com purê de amêndoas e frutas sei lá das quantas.
E de sobremesa, recusei alguma coisa que vinha com pétalas de rosas e acabei mandando um Petit Gateau, que por sinal estava SEEEENSAAACIONALLLL!! Isso sem falar nas inúmeras gargalhadas e idiotices faladas junto com o pessoal da mesa. Talvez esse tenha sido o melhor momento, o único momento em que consegui me divertir ao lado das paquitas. Mais ainda quando uma delas se deu conta de que na mesa ao nosso lado estava o cantor Vitor, da dupla Vitor e Leo. Hahahahaha, aí é que eu e o meu parceiro de piadas intermináveis tivemos muito material. Fomos pra perto da janela e falamos um monte!!! Foi realmente legal. Mas eu precisava mesmo era dormir.

Hoje de manhã tomei um café da manhã reforçado, com coisinhas gostosas de café da manhã como bolo e pão de queijo... Voltei pro quarto, fiquei na internet um pouco...
E finalmente voltei pra BH, no voo das 13:50h. Cochilando de tempos em tempos e acordando com o pescoço dolorido.
Conclusão: preciso comprar aquelas almofadinhas de pescoço pras viagens. Ainda tenho muitas pela frente...
Conclusão 2: É muito bom viajar com o dinheiro dos outros.
Ass: Bella Marcatti

2 comentários:

JORGE SCARASATI disse...

OI MOÇA, SEJA BEM-VINDA NOVAMENTE COM ESSE AR BRINCALHÃO, DAR RISADAS É SEMPRE BOM NÉ!

UM ABRAÇO!

JORGE

Bella Marcatti disse...

Tem que ser assim né, ver o humor onde não há pra ir levando a vida de maneira melhor... =)

Abraço!